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Publicado em:
27/4/2020

Mídias Digitais em Alta

João Pedro Paes Leme
Marcus Vinicus Freire
Gustavo Serra
Bruna Dias

No momento atual, ainda tão inconstante, o mundo mais do que nunca precisa das mídias digitais para se informar, se entreter e manter ativos os relacionamentos. Mesmo que do sofá, todos querem se conectar. Do ponto de vista da economia global, o período de isolamento social por conta do coronavírus traz uma atmosfera de pessimismo e receio de colapso. Mas, temos em nossas mãos uma oportunidade ímpar na história de aquecer o mercado digital, seja em relação a perfis pessoais ou de empresas.

“Alguns setores mais afetados como companhias aéreas, hotéis e restaurantes tentando manter seus quadros e já pensando no momento da retomada pós-quarentena tem usado muito as mídias digitais com promoções ou vouchers para utilização futura pelos clientes”, lembra o sócio-diretor da Play9, Marcus Vinícius Freire.

Pesquisas mais recentes já ressaltam o impacto no consumo de mídias digitais. O interesse por vídeos transmitidos ao vivo no Youtube aumentou 19% entre os dias 12 e 25 de março, quando consumidores de todo mundo se voltaram para as mídias sociais em casa, de acordo com pesquisa realizada pela Tubular Labs. O Watchtime no Youtube italiano, por exemplo, subiu 16% (em relação ao mesmo período do ano anterior) após o fechamento das cidades e restrição de saída nas ruas, com base em dados do Google.

No Brasil, isso também está acontecendo. Pesquisas do Google apontam que num primeiro momento, os brasileiros despertaram o interesse por notícias, seguidas de pesquisas relacionadas a preocupação em relação ao cenário que enfrentamos (religião e finanças). O Google Trends revela ainda que o termo mais buscado no Youtube brasileiro nos últimos 7 dias (pesquisas em alta a partir do dia 13 de abril) foi “live”.

Os setores que investem em trabalho remoto e tecnologias já estavam em ascensão e agora experimentam um salto. Isso porque nós não estamos só em casa: o nosso comportamento mudou e impôs adaptações rápidas.”A Play9, por exemplo, já nasceu com a essência digital e sempre estivemos fortemente ligados aos nossos clientes, como uma via de mão dupla, nosso trabalho conta com a capacidade de entrega do outro lado. Em um momento de exceção como agora, nós somos capazes de criar roteiros orgânicos, adaptar e pensar em novos produtos. A palavra chave é flexibilização”, ressalta João Pedro Paes Leme, sócio-fundador da empresa.

O QUE ESPERAR DO FUTURO?

No turbilhão de empresas, pessoas e agências, precisamos nos reinventar e com uma boa estratégia, impulsionar canais dos clientes no ambiente digital, criando produtos disruptivos, diferenciados e envolventes. Após a adaptação e o bombardeio de informações sobre a pandemia, um novo interesse pode surgir: o entretenimento nos ajudará a enfrentar de forma mais leve o dia a dia.

“E para isso, o mais importante não é como vamos dizer algo, mas o que temos a dizer num momento em que todos estão mais dispostos a escutar. No Youtube, por exemplo, alguns criadores estão voltando ao modelo 1.0, gravando com estrutura um pouco mais precária, sem apoio técnico in loco, mas trazendo, como consequência disso, conteúdos ainda mais autênticos e genuínos, que engajam bastante”, aponta Gustavo Serra, head de conteúdo da Play9.

Um exemplo claro entre os parceiros da Play9 é o Gioh, canal da Giovanna Ewbank, que teve um crescimento considerável em audiência desde o início da quarentena, especialmente nos vídeos gravados de forma caseira, por ela mesmo, com um celular. O Gioh chega a marca de mais de 20 milhões de views esse mês, recorde histórico do canal.  

Todos precisam começar a pensar e agir fora da caixinha. Para João Pedro Paes Leme, finalmente boa parte das pessoas entendeu que elas próprias são emissoras de mensagens, e não somente influenciadoras, e isso é uma chave que precisava ser virada. É preciso lembrar também que a crise do coronavírus impacta de formas diferentes as gerações. Já é possível ver que as gerações mais novas (geração Z e Millennials) estão consumindo mídias online para se divertir.

Um fenômeno que marca essa percepção é a quantidade de lives que pipocam no Instagram a todo momento. Buscando alternativas ao tédio, anônimos e celebridades colocam suas próprias vidas em evidência. E as superproduções sertanejas bateram recordes! Vale lembrar que, muito antes dessa explosão de vídeos ao vivo, a Play9 foi pioneira com diversas lives capitaneadas por Felipe Neto, a última e principal delas, a Black Friday, uma parceria com o Google e a Dia Estúdio que reuniu seis marcas em um evento de 5h30 no Youtube Space. A transmissão bateu recorde no segmento de entretenimento, reunindo mais de meio milhão de espectadores únicos e se consolidando como a maior live de entretenimento realizada na história do Youtube Brasil.


A pandemia também parece ser o empurrão que faltava para que muitos enxergarem a  importância de ações socialmente responsáveis por parte das empresas. As que já tinham isso em sua essência, apenas colocaram em prática adaptando os conteúdos sem soarem oportunistas. No início de abril, a Play9 organizou, com o Professor Noslen, um aulão com os maiores professores do Youtube para explicar diversos aspectos do coronavírus. O professor, que tem o maior canal sobre a língua portuguesa do país, orientou a aula, que trouxe conscientização sobre o assunto de forma leve.

O importante é pensar o tempo todo em novos formatos. E é o tipo de exercício que a Play9 adora praticar – de inquietação permanente na busca de  produtos, conteúdos e eventos inovadores.

Referências

Source Tubular Labs | Live streaming data | YouTube | Daily minutes watched (3 Days moving average) | Jan-March 25 2020:

How COVID-19 Has Impacted Media Consumption by Generation


IAT Google – Comportamento Coronavírus – Impactos de Mídia | Dados Ibope:

Google Trends